Geossítio 12 Pias do Serlei
Nos topos mais elevados dos relevos residuais graníticos da serra da Freita ocorrem, com frequência, numerosas formas alveolares na sua superfície, designadas pias ou gnamas. O geossítio Pias do Serlei situa-se sobre uma área onde ocorrem diversos blocos graníticos, alguns deles com formas curiosas, que apresentam inúmeras pias. Será, provavelmente, a região da serra da Freita onde encontramos o maior número de pias, com diferentes graus de desenvolvimento concentradas numa só área.
Entende-se por pias pequenas depressões sub-circulares a elíticas que podem, no entanto, apresentar formas mais complexas devidas à coalescência de pias individuais. Possuem um diâmetro variável, entre cerca de 30 cm e 1 m, neste último caso quando ocorre a coalescência.
A génese e evolução destas microformas graníticas apontam para uma origem polifásica. Inicialmente ter-se-ão desenvolvido sob o manto de alteração, com claro reflexo da penetração irregular da frente de alteração, facto que originaria todo um conjunto de irregularidades na superfície rochosa. Após a exumação desta superfície, as pias terão-se-ão desenvolvido ao longo dessas irregularidades, locais preferenciais de receção e acumulação de água. A água é o fator essencial à evolução destas geoformas pois propicia reações de hidrólise, hidratação e dissolução de minerais, provocando a meteorização diferencial na frente de alteração, assim como o crescimento e diferenciação das pias após a sua exposição sub-aérea. No geossítio Pias do Serlei ocorrem numerosos blocos graníticos onde estão presentes múltiplas pias, com diferentes graus de desenvolvimento permitindo a análise de etapas da sua evolução.
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Pias do Serlei