Geossítio 15 Minas da Pena Amarela

Há volfrâmio em Arouca!

Na área das Minas da Pena Amarela encontramos dezenas de bocas de minas que testemunham antigas explorações clandestinas. Estas podem ser observadas a partir de um ponto panorâmico ou percorrendo um percurso mesmo junto das mesmas. Foram exploradas pelos «pilhas», principalmente arouquenses no tempo da dita «Febre do Volfrâmio». No período auge da Segunda Guerra Mundial, os «pilhas» aventuraram-se a abrir a picareta a dura rocha na esperança de encontrar o «ouro negro» que lhe permitiria fazer uma pequena fortuna. Mais tarde, em 1953, estas minas foram concessionadas tendo sido obtido o alvará para a chamada Pena Amarela nº 1 e Pena Amarela nº 2. A falta de escoamento do produto levou, tal como todas as outras minas de volfrâmio em Arouca, ao seu abandono em 1988. Além de toda a carga histórica e mineira que aqui se respira, o arranjo cénico da paisagem envolvente é também inesquecível. A paisagem é marcada por vales fortemente encaixados onde correm águas límpidas e cristalinas como a ribeira da Cobela e a Ribeira da Pena Amarela, que confluem ali bem perto. A ribeira da Cobela forma até uma queda de água que prende o olhar do pedestrianista.

A exploração das Minas da Pena Amarela relaciona-se com a exploração de tungsténio e estanho que ocorreu, no passado, na região de Arouca e que integram um conjunto de depósitos que ocorrem desde a Galiza a Castela (Espanha) atravessando o norte e centro de Portugal, definindo a designada “Província metalogenética estano-volframítica Ibérica”. Esta ocorrência torna Portugal o país da Europa mais rico neste minério, razão pela qual foi cobiçado pela Inglaterra e pela Alemanha principalmente durante a Segunda Guerra Mundial, dada a utilização deste minério no fabrico de armas e munições.

Interesses

Geomorfológico Geomorfológico
Mineralógico Mineralógico
Mineiro Mineiro
Rede Natura 2000 Natura 2000

Uso

Educativo Educativo

Relevância

Regional Regional

Coordenadas Minas da Pena Amarela