Aqui, amanha-se a terra. Semeia-se. Cuida-se da planta. Rega-se. Aprecia-se a cor e o aroma da flor. Aqui, molda-se a paisagem com o suor do rosto, mas também com um sorriso rasgado. Ao longo dos séculos, as pequenas aldeias no cimo das serras foram surgindo orientadas pelo sol e pela proximidade às linhas de água, essenciais para a prática agrícola e para a criação de gado. Aqui, cultivam-se, ainda hoje, leiras com milho ou centeio e diminutas hortas. No vale, as terras são mais férteis, o clima mais suave e a água mais farta, particularidades já aproveitadas em época romana para lançar as bases da economia agrária e de subsistência. Nos últimos séculos, a vida no vale diferenciou-se pelos seus ritmos, ritos e celebrações, assim como pelas culturas da vinha, do azeite e do milho.