Geossítio 35 Cascata das Aguieiras
A partir da 516 Arouca – Ponte Suspensa, obtém-se uma vista privilegiada sobre a Cascata das Aguieiras, também visível do miradouro e plataformas dos Passadiços do Paiva. Encontra-se inserida numa área que é apelidada pelos praticantes de desportos de águas bravas do Rio Paiva de «Garganta do Paiva» (G36) que, geologicamente, define o troço em que o rio está encaixado no granito de Alvarenga, em canhão.
Esta cascata é formada pelas sucessivas quedas de água da Ribeira da Chieira, afluente do Rio Paiva, resultando da confluência de diversos tributários que atravessam a Freguesia de Alvarenga. Após percorrerem parte considerável desta freguesia, as águas desta ribeira caem vertiginosamente pelas escarpas graníticas que ladeiam a margem direita do Paiva, através de um conjunto de desníveis que totalizam cerca de 160 metros. A origem desta queda de água é condicionada pela rede de fraturação ortogonal deste maciço granítico, desconhecendo-se a existência de outros elementos estruturais que condicionem a mesma. Neste sentido, a Ribeira das Aguieiras terá aproveitado uma fratura no granito de Alvarenga, uma linha de fragilidade que permitiu o seu encaixe.
Do miradouro dos Passadiços do Paiva ou a atravessar a 516 Arouca é, também, possível observar o cabeço rochoso onde se encontra implantado o «Castelo de Carvalhais», um castelo roqueiro da época da Reconquista (Séc. IX-XII), reduto defensivo e estrategicamente posicionado, provavelmente destinado a controlar a travessia do Rio Paiva, uma importante barreira morfológica entre as margens do Douro e o Vale de Arouca.