Geossítio 36 Garganta do Paiva

A Garganta do Paiva corresponde a um segmento do Rio Paiva, onde o leito se torna mais estreito e se prolonga desde a Ponte de Alvarenga até ao Vau (G30). Esta ponte, datada do século XVIII, foi mandava construir por alvará de D. Maria I, no ano de 1971. É composta por dois arcos de volta inteira, possui 42 metros de comprimento, construída em cantaria.

Sobre a ponte, é possível observar, para jusante, o Vale do Paiva encaixado sobre paredes graníticas abruptas, que curiosamente, contrasta com o vale bem mais aberto, a montante desta ponte. Este estrangulamento deve-se à maior resistência do granito de Alvarenga à meteorização e erosão quando comparada com as rochas metassedimentares a montante da ponte, num fenómeno de erosão diferencial. Integrado neste troço destaca-se ainda a ocorrência de marmitas de gigante e da Cascata das Aguieiras (G35).

A área correspondente a este geossítio é, também, um clássico das águas bravas em Portugal, constituído por desafiantes rápidos de classe IV+ e V, numa escala de I e VI. Merece particular relevo o «Rápido Grande», um rápido longo e técnico, sendo o palco da espetacular da prova anual de Kayak Extremo do PaivaFest.

As íngremes paredes rochosas deste geossítio são, ainda, ricas em biodiversidade, saltando à vista manchas coloridas de verde-limão que correspondem ao líquen Acospora hilaris (indicador de clima mediterrâneo). As fissuras naturais na rocha granítica são ainda refúgio para inúmeras aves de rapina que sobrevoam o Vale do Paiva.

Interesses

Geomorfológico Geomorfológico
Petrológico Petrológico
Rede Natura 2000 Natura 2000

Uso

Educativo Educativo
Turístico Turístico

Relevância

Regional Regional

Coordenadas Garganta do Paiva

Fotografias e Vídeos Galeria

Experiência 360º

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