Geossítio 17 Icnofósseis de Mourinha
À descoberta de antigas marcas de vida…
Em Mourinha encontramos icnofósseis: marcas fósseis de atividade dos seres vivos. Aqui observamos fossilizadas pistas denominadas de Cruziana que se formaram pela atividade de artrópodes como as trilobites, seres que habitavam os mares há cerca de 475 milhões de anos, em latitudes próximas do Polo Sul. Estas marcas, de relevância internacional, encontram-se em rochas quartzíticas: uma rocha metamórfica no fundo do mar, a partir de areias ricas em quartzo. São rochas bastante resistentes que formam uma paisagem marcada por cristas proeminentes.
Ao realizar o percurso pedestre geoturístico PR5, linear, com 1,5km de extensão, é possível observar este geossítio.
Este geossítio faz parte do Itinerário B: Pelas minas e recantos desconhecidos do Paiva.
Saiba mais sobre a Rota dos Geossítios aqui.
Informação Geológica
Os Icnofósseis de Mourinha ocorrem em afloramentos, que se caracterizam pela quantidade e diversidade de icnofósseis de idade Arenigiano (Ordovícico Inferior). Destacam-se aqui diversas superfícies de estratificação, bastante verticalizadas, onde são facilmente observáveis inúmeros e diversificados icnofósseis, nomeadamente de Cruziana ispp., com merecido destaque para uma pista de Cruziana furcifera com mais de 3,5 m de comprimento. A dimensão das placas e a excelência dos icnofósseis representados conferem-lhe um elevado interesse paleontológico e a possibilidade de realização de moldes para coleções museológicas. O facto de constituírem vestígios da atividade de organismos contemporâneos à sedimentação confere-lhes interesse estratigráfico. Uma vez que o registo iconológico se preservou devido à ocorrência de fatores sedimentológicos e paleogeográficos especiais e raros, este é também um dos interesses aqui a realçar.