Geossítio 20 Meandros do Paiva
Serpenteando pelo Paiva!
Os Meandros do Paiva podem ser observados tanto a partir do ponto alto sobranceiro à aldeia da Janarde como ao percorrer a estrada sinuosa junto ao rio. Caracteriza-se por grandes sinuosidades (curvas) no curso do rio Paiva que são estruturas comuns nas zonas de planície, com águas calmas, e não de montanha. São assim, “falsos meandros” pois a sua formação relaciona-se com a tectónica e diferenciação geológica, dando origem a uma paisagem de excecional beleza.
Este geossítio faz parte do Itinerário B: Pelas minas e recantos desconhecidos do Paiva.
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Informação Geológica
Nas margens meandrizadas do rio Paiva foram identificados terraços fluviais, testemunho do rápido e profundo encaixe do rio Paiva durante o Pleistocénico (< 2,5 milhões de anos) formando vários terraços em escadaria, que corresponderiam a antigos leitos de cheia onde se depositaram sedimentos mais grosseiros, testemunho da elevada energia das águas.
Foram identificados dois tipos de terraços fluviais: (i) a Este e Oeste de Janarde encontram-se a 10-15 metros acima do leito do rio e são formados por calhaus soltos, mal calibrados e selecionados, onde predominam quartzitos, minerais de quartzo e fragmentos de grauvaque; (ii) depósito consolidado situado atrás da igreja, a cerca de 30-40 metros acima do nível do rio, com alguns calhaus grosseiros, aglutinados por cimento argilo-ferruginoso, de composição idêntica aos depósitos anteriores.
As mineralizações de ouro que ocorrem no Arouca Geopark enquadram-se no “Distrito Mineiro Dúrico-Beirão e dele fazem parte mais de uma dezena de jazidas, algumas das quais estiveram em lavra ativa pelo menos durante a Época Romana. Os Conheiros do Paiva são a única ocorrência de exploração de ouro aluvionar conhecida no Arouca Geopark.