Geossítio 15 Minas da Pena Amarela
Em busca do ouro negro!
Na área das Minas da Pena Amarela encontramos dezenas de bocas de minas que testemunham antigas explorações clandestinas. Estas podem ser observadas a partir de um ponto panorâmico ou percorrendo o percurso pedestre geoturístico de pequena rota PR8, denominado «Rota do Ouro Negro».
Estas minas foram exploradas pelos «pilhas», principalmente arouquenses no tempo da dita «Febre do Volfrâmio». No período auge da Segunda Guerra Mundial, os «pilhas» aventuraram-se a abrir a força de braços e picareta a dura rocha, na esperança de encontrar o «ouro negro» (designação atribuída aos minerais de volframite, de onde se obtém o volfrâmio) que lhes iria permitir fazer uma pequena fortuna. Estas minas encontram-se abandonadas desde 1988.
Além de toda a carga histórica e mineira que aqui se respira, o arranjo cénico da paisagem envolvente é também inesquecível. A paisagem é marcada por vales fortemente encaixados onde correm águas límpidas e cristalinas como a ribeira da Covela e a ribeira da Pena Amarela (importante pista de canyoning no Arouca Geopark) que confluem nas proximidades. Pelas Minas da Pena Amarela passam as míticas provas de trail «Meia Maratona Zemou», «Aventurança do Cando» e «Ultra Trail da Serra da Freita».
Este geossítio faz parte do Itinerário B: Pelas minas e recantos desconhecidos do Paiva.
Saiba mais sobre a Rota dos Geossítios aqui.
Informação Geológica
A exploração das Minas da Pena Amarela relaciona-se com a exploração de tungsténio e estanho que ocorreu, no passado, na região de Arouca e que integram um conjunto de depósitos que ocorrem desde a Galiza a Castela (Espanha) atravessando o norte e centro de Portugal, definindo a designada “Província metalogenética estano-volframítica Ibérica”. Esta ocorrência torna Portugal o país da Europa mais rico neste minério, utilizado no fabrico de armas e munições.
Em 1953, estas minas foram concessionadas tendo sido obtido o alvará para a chamada Pena Amarela nº 1 e Pena Amarela nº 2. A falta de escoamento do produto levou, tal como todas as outras minas de volfrâmio em Arouca, ao seu abandono em 1988.