Geossítio 23 Portal do Inferno e Garra
Eis aquele local mítico na montanha, onde o silêncio impera e a paisagem se mostra avassaladora aos nossos olhos. Geossítio de cariz panorâmica, exibe-se como um estreito local de passagem entre duas vertentes íngremes e escarpadas, que separa os concelhos de Arouca e S. Pedro do Sul. Estas vertentes são esculpidas, desde tempos imemoriais, pelas ribeiras de Covas do Monte (a Este) e de Palhais (a Oeste). Na direção do ocidente impõem-se à nossa vista a “Garra”, uma encosta serrana esculpida por linhas de água, fazendo lembrar a gigantesca garra de uma ave. A primavera é a estação do ano em que a vista é mais espetacular, pois a “Garra” parece ficar pintada de amarelo e rosa, devido à floração da carqueja e da urze.
Este geossítio faz parte do Itinerário B: Pelas minas e recantos desconhecidos do Paiva.
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Informação Geológica
O Portal do Inferno situa-se em pleno coração do Maciço da Gralheira, a cerca de 1000 metros de altitude, sobre rochas metassedimentares ante-ordovícicas, moldadas pelos agentes de geodinâmica externa, que incutem à paisagem um aspeto escarpado. Rodeado de duas ribeiras (afluente da Ribeira de Covas do Monte, a Este e afluente da Ribeira de Palhais, a Oeste), que drenam em sentidos opostos o sítio foi, desde sempre, local de passagem íngreme que amedrontou, durante muito tempo, todos os que por ali passaram. Trata-se de um local com elevado interesse panorâmico, especialmente para “a garra” que não é mais que montanha cortada por diversas linhas de água profundas, que lembram a separação de dedos de uma garra de uma ave. A primavera é a estação do ano em que a vista é mais espetacular, pois a “Garra” parece ficar pintada de amarelo e rosa por causa da floração da carqueja e do tojo e da urze, respetivamente.