História e Arqueologia

Ocupado pelos seres humanos desde tempos imemoriais, o Arouca Geopark guarda evidências de diversos períodos de ocupação humana, da pré-história à contemporaneidade.

Dólmens, castros, igrejas, pelourinhos e o Mosteiro são alguns dos sítios que foram deixados pelos que passaram ou habitaram este território.

O Arouca Geopark alberga cinco sítios arqueológicos classificados como Monumento Nacional, um como Sítio de Interesse Público, sete como Imóveis de Interesse Público e um como Monumento de Interesse Municipal.

Datado da Idade do Bronze, com cerca de 3.000 anos, apresenta aproximadamente 12 metros de diâmetro e 50 centímetros de altura.

Delimitado recentemente por um pequeno murete em pedra, as campanhas arqueológicas revelaram um pequeno tumulus coberto por terra e pedra. Ao centro, surgiu uma sepultura em fossa, coberta por uma grande laje em granito, onde terão sido depositados os restos mortais de um indivíduo, ou as suas cinzas.

Entre o espólio arqueológico encontrado, identificou-se um nódulo de «Pedra Parideira», colocada intencionalmente na base do monumento, cujo simbolismo se desconhece.

Num penedo granítico na Senhora da Lage é possível encontrar, em baixo-relevo, cascos de animais, provavelmente de bovinos, e um alinhamento de seis covinhas.

O seu verdadeiro significado está hoje perdido, mas acredita-se que, à semelhança de outras manifestações de arte rupestre, seriam uma forma de comunicação intra e inter grupos.

O espaço ganhou o nome do monumento funerário que o domina: uma grande sepultura megalítica coletiva, onde terão sido sepultados alguns dos mais antigos habitantes da Serra da Freita. A mamoa que envolve o sepulcro tem cerca de 35 metros de diâmetro, com um dólmen e corredor ao centro. Mais informações em: Portela da Anta

A Calçada Romana do Cruzeiro é uma via secundária que terá sido parte integrante do caminho que, partindo da cidade de Vissaium (Viseu), atravessaria todo o planalto serrano, seguindo em direção ao litoral.

Por esta via, terão circulado pessoas e mercadorias no correr do dia-a-dia, mesmo após a queda do Império Romano e, por essa razão, o seu pavimento terá sofrido profundos arranjos e reformulações, ao longo dos séculos, até chegar aos nossos dias.

Este fojo de exploração de ouro de período romano é também conhecido por Poço dos Mouros. A exploração dos filões auríferos foi feita em profundidade e com recurso ao choque térmico.

Sobre a rocha seria acesa uma fogueira, por longos períodos. Depois, era lançada água fria ou vinagre, causando a sua fracturação.

Nos patamares inferiores foram encontrados degraus e plataformas aplanadas onde terão existido meios mecânicos de elevação vertical que facilitavam a extração de materiais.

A igreja matriz de Urrô terá sido edificada em período medieval, entre o final do séc. XII e o início do séc. XIII. O atual edifício resulta da reformulação desse primeiro templo, que terá ocorrido durante a 2ª metade do séc. 16. Este é um imóvel classificado como de Interesse Público. De características maneiristas, apresenta uma estrutura exterior inspirada em padrões medievais. O frontispício do templo, onde foi edificado um simples portal, é sobreposto por uma janela e pelo campanário, criando um espaço avançado que antecede o corpo da igreja. Mais informações em Igreja de S. Miguel de Urrô.

Edificado entre os séculos XII e XIII, foi classificado como Monumento Nacional em 1910 e é um dos raros exemplos do Românico no concelho de Arouca. Popularmente associado à passagem do cortejo fúnebre da Rainha Santa Mafalda, o significado deste monumento não é ainda bem conhecido. Terá funcionado como túmulo de um individuo de elevada posição social, ou tratar-se-ia apenas de um marco memorial, edificado no trajeto de funerais ou procissões. Mais informações Memorial de Santo António.

Com transformações arquitetónicas ao longo dos séculos, a «Torre dos Mouros» mantem a sua estrutura medieval, organizada em três pisos de madeira e apenas uma entrada pelo piso térreo. Esta residência senhorial fortificada, data da baixa Idade Média, séc. XIII/XIV, e é propriedade privada.