Geossítio 32 Falha da Espiunca
Uma falha geológica digna de livro!
Junto à ponte da Espiunca, na margem direita do Rio Paiva, ocorre um significativo afloramento geológico no talude da estrada, caracterizado por bancadas maciças de quartzitos negros e espessura variável, intersetadas por uma fratura nas rochas – a falha geológica da Espiunca. Um olhar atento permite detetar que o maciço rochoso à direita da fratura abateu cerca de 1,70 metros relativamente ao bloco situado do lado esquerdo.
Este geossítio localiza-se próximo do pórtico de entrada dos Passadiços do Paiva.
Informação Geológica
Nas bancadas maciças de quartzitos negros observa-se facilmente a falha da Espiunca. Esta é uma falha normal com direção NNE-SSW, sendo aqui possível identificar os diversos elementos que caracterizam as falhas geológicas: o plano de falha (superfície onde decorre o deslocamento), o teto (bloco à direita do plano de falha) que desceu em relação ao muro (bloco à esquerda do plano de falha) e o rejeito (medida do deslocamento dos blocos) de cerca de 1,70 metros.
Os estratos quartzíticos com disseminação de sulfuretos (formação Espiunca) originaram-se por deposição de areias, em ambiente litoral, há mais de 500 milhões de anos e enquadram-se nas litologias pertencentes ao Supergrupo Dúrico-Beirão. Estes foram afetados por uma falha, responsável pela movimentação de blocos, em resultado de movimentos distensivos, provavelmente ocorridos durante a Orogenia Varisca e reativada pela Orogenia Alpina.
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