







































Onde o Paiva estreitece e enfurece
A Garganta do Paiva corresponde a um segmento do rio Paiva onde o leito se torna mais estreito e se prolonga desde a ponte de Alvarenga até ao Vau (G30). Esta ponte, datada do século XVIII, foi mandava construir por alvará de D.Maria I, no ano de 1971. É composta por dois arcos de volta inteira, possui 42 metros de comprimento e é em cantaria. Sobre a ponte é possível observar, para jusante, o vale do Paiva encaixado sobre paredes graníticas abruptas, que curiosamente, contrasta com o vale bem mais aberto, a montante desta ponte. este estrangulamento deve-se à maior resistência do granito de Alvarenga à meteorização e erosão quando comparada com as rochas metassedimentares a montante da ponte, num fenómeno de erosão diferencial. Integrado neste troço destaca-se ainda a ocorrência de marmitas de gigante e da Cascata das Aguieiras (G35).
A área correspondente a este geossítio é, também, um clássico das águas bravas em Portugal, constituído por desafiantes rápidos de classe IV+ e V, numa escala de I e VI. Merece particular relevo o <<Rápido Grande>>, um rápido longo e técnico, sendo o palco da espetacular da prova anual de Kayak Extremo do Paiva Fest.
As íngremes paredes rochosas deste geossítio são, ainda, ricas em biodiversidade saltando à vista manchas coloridas de verde-limão que correspondem ao líquen Acospora hilaris (indicador de clima mediterrâneo).
As fissuras naturais na rocha granítica são, ainda, refúgio para inúmeras aves de rapina que sobrevoam o vale do Paiva.